sábado, 13 de outubro de 2012

The days pile up, silly girl.

I guess that it's typical to cling to memories you'll never get back again
Eu acho que isso é típico se agarrar às memórias que você não terá de novo
And to sort through old photographs of a summer long ago or a friend that you used to know
E solucionar isso através de fotografias velhas de um verão de muito tempo atrás ou um amigo que você costumava conhecer
Happy Birthday To Me - Bright Eyes.

Eu fico imaginando como é que seria minha vida se eu não tivesse me mudado. Me pergunto se seria mais fácil me levantar toda manhã se eu ainda estivesse em casa. Nada de “Força! Levanta. Mais um dia. Levanta!” Eu teria problemas pra dormir a noite? Eu ainda seria amiga do pessoal da minha escola? Será que se tivesse ficado eu valorizaria minha família como o faço agora? Penso em todas as coisas que perdi oito anos atrás. Todas as festas de aniversário, todos os natais. A graduação da turma B, que eu chamava de minha com tanto orgulho. Não pude ver meus primos casando e nem os filhos deles nascendo. Não pude me despedir de gente que nunca mais vou ver. Espero que você entenda que eu perdi uma parte de mim nesse processo, que perdi algo que nunca vou conseguir ter de volta e isso é mais doloroso do que você pode imaginar. Mas espero que você entenda que mesmo que eu tenha chorado o equivalente ao lago de Neuchâtel em lágrimas, mesmo que eu sinta saudade todos os dias. Todos os dias. Mesmo querendo ir embora, eu sou agradecida por tudo que aprendi, por todas as amizades que fiz, por todas as experiências que vivi. Eu perdi muito, mas também ganhei muito. Então é aquela coisa agridoce, aquele sentimento de tristeza e felicidade ao mesmo tempo.

A eu de 1998 não faz a mínima ideia de tudo que ainda vai acontecer com ela. Ela não sabe que com doze anos de idade ela vai mudar de país e que com isso a vida dela nunca mais vai ser a mesma. Ela não sabe de todos os prós e contras dessa mudança. A eu dessa foto ainda não sabe andar de bicicleta. Ela nunca se apaixonou. Ela ainda não sabe o que é ter amigos queridos e nem da dor que é se afastar deles. Ela não sabe que vai amar pessoas que nunca viu na vida, nem que um dia ela vai conseguir conhecer essas pessoas. A eu de seis anos de idade ainda não tem medo de hospital. Ninguém partiu o coração dela. Ela ainda não decepcionou ninguém. A Aline de 1998 não sabe de tanta coisa que ainda vai acontecer, mas a Aline de hoje também não sabe o que vem pela frente então, sei lá...vou continuar por aqui, vendo os dias passarem e tentando acompanhar. Vou continuar indo em frente, mesmo que olhando pro passado de vez em quando. Eu vou continuar.Continuar.Acordar.Levantar.Continuar.E repete. Porque sei que a Aline do futuro vai olhar pra 2012 e pensar em tudo que aconteceu até aquele ponto. E estou pronta pra todas as coisas boas que estão por vir, todas as alegrias e conquistas. Mas também estou pronta pra tudo de ruim, pronta pro que vou aprender com os meus erros. Porque, sei lá, eu meio que sei que minha vida sempre vai ser uma mistura de ruim-boa, feliz-triste, perder-ganhar, prós-contras, sempre vou ter esse sentimento agridoce no peito, mas acredito que a vida é assim pra todo mundo. E me diz: o que a gente pode fazer além de aceitar?

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Gloomy Wolf

Um pequeno aperitivo

*Gloomy wolf =Lobo sombrio, calado, triste.
Ele está morando em uma tentativa falha de apartamento, um lugar que fede a mofo, com janelas imundas pela poeira acumulada, uma banheira amarela nojenta, um piso preguento, uma cozinha...ok ela nem vai falar sobre a cozinha, porque tinha uma coisa viva dentro da pilha de louça. “Alguma coisa se mexeu dentro da pia.” E ele só revirou os olhos verdes pra ela. Aquele bastardo. Então ela lavou e guardou a louça. Foi ao supermercado e comprou copos. “Não precisa, já tenho um.” “Cala a boca.” Comprou comidas saudáveis.  “Você sabe que existe algo além de pizza e lasanha congelada, certo?” Limpou as janelas com as mãos dele em volta de seus tornozelos o tempo todo. “Tá com medo que eu caia?” sorriu se achando só um pouquinho. “Essa escada não é segura.” “Aham, sei.” Ele ajudou a lavar a banheira e por último ela conseguiu convencê-lo a usar novas roupas de cama já que as dele estavam rasgadas.“Olha, agora sua casa não parece mais um ninho de rato.” “Cala a boca.”

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Phosphenes (i)

Parte i
(I know that it is freezing, but I think we have to walk
Eu sei que está congelando, mas eu acho que nós temos que andar)
Lua - Bright Eyes
*Phosphenes (fosfenos): um exemplo de fosfeno são os padrões luminosos que aparecem quando a pálpebra é esfregada com bastante pressão.


Ela aparece sem aviso, depois de quatro anos de ausência, na tua porta, vestindo uma confusão de cores e texturas (cabelo laranja, meia calça amarela, casaco roxo), machucando teus olhos acostumados aos tons monocromáticos da tua vida.
– ‘Tá nevando. – ela diz rindo animadamente, porque faz muito tempo que ela não vê neve e você sabe disso. Você pode não ter entrado em contato com ela, mas sabia muito bem onde e com quem ela estava. – Larga tudo o que estiver fazendo e vamos sair. Quero fazer um boneco de neve.
Alguma coisa, talvez o tal do bom senso, pede que você feche a porta na cara dela e finja que nada aconteceu. Mas...
– Você não é um pouco, digamos, velha demais pra isso? – você questiona, enquanto calça um par de sapatos e veste um casaco.
É a primeira neve do ano, e o vento gélido parece congelar os teus sentidos, mas a mão dela está na sua, pequena e quente, e ouvir o som da risada dela depois de tanto tempo faz você sorrir genuinamente. Então vocês passam a tarde toda andando pela cidade, batendo papo, descobrindo o que tem acontecido na vida um do outro. Ela te conta que não quer mais ser modelo. Você fala que não quer mais trabalhar na empresa do seu tio. E a conversa flui com facilidade, como se nunca houvesse existido tempo e distância entre vocês.
De madrugada, ela está meio adormecida ao seu lado, vestindo uma cueca samba-canção e um moletom seu como pijama, e você finalmente resolve mencionar “o elefante na sala”.
– Philippa. – você sussurra.
– Huum?
– Porque você está aqui? – não que a visita dela seja desagradável, muito pelo contrário, mas você sabe que existe um motivo específico para ela aparecer de repente em Chicago.
Ela abre os olhos e na escuridão do quarto você não consegue distinguir o azul acinzentado dos olhos dela, entretanto é fácil ler o arrependimento em sua expressão.
– Eu me meti em uma encrenca, das grandes. Preciso de dinheiro. – confessa com embaraço evidente. – E você é a única pessoa que não vai me julgar pelo que eu fiz...por favor, me ajuda. – pede, a voz frágil pelo medo e pelo cansaço. É a primeira vez que ela pede sua ajuda desde do dia que ela tenta tanto esquecer.
– Tudo bem. – você responde suspirando. – Amanhã resolvemos isso, agora dorme. – você passa gentilmente a mão na testa dela e ela volta a fechar os olhos para logo em seguida te abraçar com força, com certo desespero, como se você fosse subitamente desvanecer entre os dedos dela.
Um carro passa na rua, chiando os pneus no asfalto molhado e você já está praticamente dormindo quando:
– Eu senti sua falta, Greg. – a voz dela vem num sussurro tão baixo que você não tem certeza se é sonho ou realidade.

continua...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Blank pages


Num dia você ta ali, com a boca cheia de dentes de leite, sorrindo de orelha a orelha, brincando de pés descalços na rua, ralando os joelhos, acordando cedo pra ver cartoon. Motivo pra chorar, cadê? A maior tragédia do mundo é quando Mainha esqueceu de comprar seu nescau, e pra você dor no coração é chorar assistindo o cão e a raposa. Nessa época, tudo é tão terno e lento, o tempo se arrasta feito lesma. Mas então, em certo ponto, historiadores ainda descobrirão exatamente quando, tudo muda. A vida começa a se mover com presa, escapando entre teus dedos como areia, te deixando sem folêgo. Os natais perdem a magia que costumavam ter, todos os dentes de leite já se foram. Os joelhos ralados são apenas cicatrizes, uma vaga lembrança de brincadeiras de um verão que acabou há muito tempo. Dor no coração agora é quando você vê a vida de um ente querido se esvaindo aos poucos. E tudo d­ói. Dói e arde e sufoca.
Mas perdoe as lágrimas que teimam em molhar meu rosto, perdoe minha vontade de fugir. E se não der pra entender nada: me perdoe. Eu tinha juntando um bocado de palavras na cabeça, criando um discurso pra te explicar tudo, tinha começado um livro pra te contar minha historia, porém fiquei sem voz e as páginas continuam em branco.

sábado, 14 de abril de 2012

And then roll over and die



É inverno então ela deixou o cabelo crescer e te ensinou tudo sobre lâminas afiadas e o peso delas na palma da sua mão, o jeito certo de jogá-las. Ela é uma coisinha pequena e cheia de sorrisos cruéis então você ensina ela a derrubar pessoas com o dobro do peso e do tamanho dela.
- Não pegue leve comigo. Me acerte. - ela comanda.
- Ainda não. - você acha a impaciência dela divertida e quase não consegue conter a vontade de quebrar cada osso do corpo dela. Rasgar cada nervo com uma faca. Destruí-la com as mãos nuas. Mas ainda não.
O tempo passou rápido e ela sente que está correndo em círculos, e essa sensação ruim de estar presa e não ter como escapar não quer deixá-la em paz. Ela deita no chão, enjoada, doente e louca, as mãos na cabeça, os olhos fechados com força.
- Dói. - ela sussurra e você poderia enfiar uma faca no coração dela e acabar com todo esse sofrimento. Mas ainda não. Então você fala sobre lembranças borradas de areia molhada entre os dedos do seus pés e o vento acariciando suas omoplatas. Não que você se importe, mas você precisa dela e não pode deixar que ela enlouqueça completamente. Não pode deixar que ela morra, e se ela morrer vai ser porque você está apertando o pescoço dela. O último suspiro dela te pertence.
Ela nunca pede sua ajuda então quando você a escuta gritando seu nome, desesperada, você corre e corre e corre, mesmo sabendo que não vai dar tempo.
Quando você finalmente a alcança e cai de joelhos ao lado dela, é tarde demais. Você a segura, pela primeira vez delicadamente em seus braços, e você pede que ela fique com você. Não que você se importe, mas você precisa dela. Ela consegue sussurrar o seu nome e dói mais do que ouvir os gritos de alguns minutos atrás. Ainda não, ainda não, ainda não, você suplica, o corpo todo doendo. Ela suspira pela última vez e você a segura mais forte, aquela coisinha pequena e sem vida, e você soluça com o rosto afundado no cabelo dela.
Depois é sua vez de morrer com ossos quebrados e nervos rasgados, e antes de ir você consegue ouvir a voz dela chamando o seu nome, porém não é doloroso como gritos ou sussurros, e ela te fala sobre a sensação da areia molhada debaixo dos pés e do vento salgado bagunçando seus cabelos.
É verão então ela te chama sorrindo de um jeito sabido, estendendo a mão em sua direção:
- Vem.
E você vai.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Agoraphobia


Lembro do dia que você se aproximou de mim durante um intervalo entre uma aula e outra, e me perguntou na cara dura o motivo de eu faltar tanta aula.
"Tenho ataques de pânico." Por algum motivo incompreensível te contei a verdade e você não me olhou torto nem tentou dar uma de médico pra cima de mim. 
(Obrigada, ok?)
Te falei sobre como meus dedos formigam e meu coração dói, e sobre a dificuldade pra respirar. Confessei que choro escondida no estacionamento, e que nas noites que não consigo dormir dirijo até o cais de Carbon Lake e espero a ansiedade passar.
Em março você me deu um cd do Deerhunter como presente de aniversário, afirmando que era a trilha sonora perfeita para minhas escapadas noturnas no bostamóvel, apelido carinhoso que dei ao velho Ford do  meu avô.
Durante as férias de verão tive uma noite de insônia daquelas, na qual nem ouvir o barulho do vento e da água conseguiu me acalmar, então num impulso idiota acabei te ligando.
"Você está no pier?" Você perguntou depois de eu me desculpar por ter te acordado às quatro da manhã.
"Aham." Respondi sentindo falta de ar. "Você pode vir aqui?"
"Claro. Espera uns dez minutos." Você pediu agitado. "Já estou chegando."
Lembro direitinho de você tirando os sapatos e dobrando as calças jeans até os joelhos para sentar ao meu lado e colocar os pés na água. Você segurou minha mão e começou a contarolar Helicopter pra mim:
"Tired of my pain. Im tired of my pain, oh. No one cares for me hum hum hum hum"
Isso acalmou as batidas do meu coração e meu dedos pararam de formigar.
E agora, toda vez que a ansiedade me impede de dormir, basta ouvir o cd Halcyon Digest e ao fechar os olhos consigo te ver claramente, sentado no cais desgasto de Carbon Lake, as pernas balançando na água, ouço tua voz cantando Agoraphobia e o sono vem. E durmo. 
(Obrigada, ok?) 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Where's your gavel? Your jury?

*"Onde está seu martelo? Seu júri?" Trecho de Ignorance do Paramore.
A vingança envenena sua alma, você a destila e a engole et cetera. Oh, você já sabe disso. Todo mundo te alertou. Mas vingança também é algo doce, como uma sobremesa, da vontade de repetir. E que não ousem te julgar, pois afinal, quem é que gosta de sair por baixo? Quem gosta de ser apontado como o idiota da historia?
E você já cansou dos olhares de esguelha, cheios de pena, e dos sussurros pelas suas costas. Então sim, você é vingativa e orgulhosa, mas pelo menos é sincera, sem sorrisos falsos paralizados ou outras coisas do tipo. E você se machucou e chorou, mas que não ousem dizer que você é frágil. Que não ousem te tratar como se você fosse uma maldita boneca de porcelana.

Inspirado pela recente desventura de certa amiga. Tu é foda <3

domingo, 29 de janeiro de 2012

More sleep and coffee


Sinto que essa semana escapou entre os meus dedos como água. Não fiz muita coisa além de virar noites vendo seriado e lendo fanfics, ou seja, nada produtivo. Além disso passei a semana esperando pelo Sana Fest, um evento de anime aqui de Fortaleza, que por sinal foi muito bom. Revi vários amigos e isso espantou o desanimo que eu vinha sentindo há dias. Por lá acabei comprando uma blusa da Grifinória, um poster da Nana Osaki e essa meia 7/8. Uma pequena prévia do meu cosplay de Romana, que pretendo terminar antes do carnaval pro meeting de Hetalia. Isso foi um post irrelevante, eu sei, mas quis compartilhar.

Aline deseja à todos uma semana maravilhosa ;*

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Too many corners in my mind


Hoje senti de novo aquela sensação, como se estivesse andando numa rua muita estreita, durante um bocadinho de tempo, e por fim eu encontrasse apenas um beco sem saída. O desapontamento foi tão grande que não tive força e nem coragem pra voltar, sentei no chão e fiquei por lá mesmo. E dai, certo? Que alguém venha me buscar, e me puxe pela mão, e me carregue quando estiver cansada. Que alguém se importe o suficiente pra pelo menos notar que sumi, fugi, perdi, cansei. E não é isso que você quer? Um certo alguém que perceba que você se perdeu e te ajude nessa incansável procura por te mesmo. Uma pessoa que veja atráves teus olhos que teu sorriso é amarelo, que não acredite nos teus não tão raros “é, só uma dor de cabeça.” Acho que todo mundo merece um amigo, ou partente, ou amor, ou sei lá o que assim; um ser vivo que se importe o suficiente para ir te encontrar num beco sem saída, e eventualmente, até ande pela rua estreita, logo atrás de você, pronto pra te segurar caso você tropeçe.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Hypophrenia


*Hypophrenia: Um sentimento de tristeza, aparentemente sem uma causa.
Mas quer saber? Eu não sou infeliz. Eu só sou um pouquinho triste mesmo. Não o tempo todo, e nem com muita intensidade. Mas eu venho carregando essa nostalgia no fundo de mim mesma há tanto tempo que acabei me esquecendo como é que eu era antes. Esqueci como eu costumava me sentir. Não me entenda mal por favor, não estou deprimida, na verdade tenho muita felicidade em mim. Tenho muita coisa pela qual sou grata. E por fora sou toda saturada de cores e tons, mas minha base é toda cinza, entende?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

As Alines

Momento relevante da semana 


Aline Agatha diz:
Aí eu fico me imaginando me tornando uma escritora de verdade, você se tornando uma escritora de verdade; sabe, com histórias maduras, livros publicados e depois, num futuro, outras pessoas, quem sabe duas garotas que queiram fugir de casa, espelhando-se em nós duas assim como eu faço agora com esses escritores do passado.
"Você sabia que Aline Agatha era a melhor amiga da Aline Romy e que as duas se consideravam irmãs?"
"É, uma foi madrinha do casamento da outra, né?" 

(Sei lá, acho que quando alguém te diz uma coisa bonita assim, fazendo tua semana que ia de mal a pior valer a pena, você não pode deixar passar em branco. Então foi só pra deixar registrado aqui o quanto amo minha irmãzinha de Manaus. Minha eu fora de mim.)

My beloved sister, I love you <3

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

You have me

"E se eu perder tudo?" "Você ainda terá a mim."
Antes de mais nada, esse post contém spoilers, então se você não está atualizado, não leia.

Tão perto, tão tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Foi isso que pensei durante o novo episódio de Gossip Girl (05x11 - The End of The Affair) que para ser honesta só continuo assistindo, porque acompanho a série desde o primeiro episódio e por causa de um ship (não sabe o que é ship? Leia esse post)
Dare to Dair, gente! Estou shippando o Dan e a Blair, com muito vigor. Agora, antes que você que shipa Bluck, venha jogar pedras em mim, vamos combinar que esse casal não é mais o que costumava ser. Eu torcia fervorosamente pelo Chuck e pela Blair nas três primeiras temporadas, mas do final da terceira em diante o casal parece ter caído num ciclo de clichês sem fim. E apesar de saber que Bluck é endgame, não consigo deixar de ficar irritada com a falta de criatividade dos roteristas em relação à eles. Fala sério, esse drama de "Eu te amo" Eu também te amo, mas não podemos ficar juntos mimimimi" até quando, produção? Até quando?

Mas enfim, voltando pro episódio, que foi mais uma vez aquela coisa de amei/odiei. Cheio de cenas bem facepalm, como o começo quando Chuck e Louis por acaso se encontram e começam a desconfiar que Blair está tendo um caso. Véi, na boa... A cena do hospital também foi péssima. E olha que eu adoro a atuação da Leighton Meester, como em Poison Ivy (s01e03) quando a Blair lê a carta que escreveu pra Serena, confesso que derramei algumas lágrimas com aquela cena. Porém não deu pra engolir aquele choro falso da Blair ao descobrir que perdeu o filho que estava esperando. Depois quando descobrimos que ela não pode ficar com o Chuck porque fez uma promessa pra Deus. Achei rídiculo. Também não gostei do beijo entre o Dan e a Serena, espero que os roteristas não decidam reviver esse ship. Deixem o passado no Metropolitan Museum of Art.

Contudo, o episódio teve momentos que salvaram. A Serena por exemplo, que pela primeira vez nessa temporada não me irritou profundamente, foi uma boa amiga e defendeu a Blair das acusações de Louis e Chuck. Ou quando, no banheiro, disse sabiamente que Deus não iria querer que ela fosse infeliz por causa de um momento de desespero. Outra cena boa foi aquela em que Blair está experimentando o seu, por sinal, maravilhoso vestido de casamento Vera Wang e Dan aparece para ajudá-la.

Além disso não tenho nada a comentar sobre "The end of The Affair?". Continuarei acompanhando Gossip Girl, na esperança da Blair ficar com o Dan, mesmo que não seja até o fim. Mesmo que seja só por alguns episódios. P.s: Eu não tenho muita experiência em escrever críticas, então peguem leve comigo, okay?

Dare do Dair! Até a próxima. Xoxo

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

One more night gone


Eu meio que sou, chata, sabe? Sou uma pessoa exigente e cheia de manias, não que isso seja novidade pra quem me conhece. Também sou muito impaciente. Quero e quero agora! E, nossa, eu quero muitas coisas. Mas nesse exato momento, nessa noite de terça tediosa, só desejo uma coisa: um pouco de paz. Todo começo de ano é a mesma historia, aquela coisa de fazer uma lista gigantesca de metas e planos. Porém nesse primeiro mês de 2012 a única coisa que escrevi na minha agenda foi paz. E o resto? O resto, espero que se torne consequência. Então quero que essa tão desejada paz preencha meu coração, minha alma e cada pedaço de mim. Quem sabe depois disso eu consiga fazer as pazes comigo mesma, e talvez eu até seja capaz de perdoar os erros que cometi no meio do caminho.

Tirando a poeira da Casa. Vou parar de tomar chá de sumiço, prometo. Um beijo ;*