domingo, 28 de fevereiro de 2010

Anonimato


Eu me sinto tão estúpida nesse exato momento. Estúpida e infantil, como uma garotinha da quinta série. E bom, você sabe, posso ser uma garotinha, mas não estou mais na quinta série. 
Pra ser sincera, eu não faço ideia de porque estou escrevendo essa carta se já sei que vou me arrepender. Mas é que toda vez que te vejo sinto essa vontade de te abraçar apertado. Eu sei o quanto isso tudo é de um clichê batido e brega, entretanto não encontrei outra maneira de te contar…
Não sei outro jeito de te dizer que meu coração falta uma batida toda vez que você chama o meu nome com esse seu sotaque engraçado. Ou quando você olha diretamente nos meus olhos. Ou quando sua mão encosta acidentalmente na minha. Ou quando você sorri. Ou quando você…
A verdade é que eu amo você. Simples assim. Sem variáveis, dúvidas ou poréns. E eu gostaria de te falar isso pessoalmente, mas receio que não tenho tanta coragem assim. 
Desculpe-me por ser tão boba e sentimental.

Ass: A garota.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sentir, apenas.


Começa com um sorriso sem graça, bochechas ruborizadas e duas respirações descompassadas.
Ele se aproxima de você e de repente suas pernas parecem dois potes de gelatina. Mãos trêmulas, dedos frios. Flocos de neve.
Dois braços firmes envolvem sua cintura e a sensação de proteção que você sente é indescritível. O rosto dele está há apenas alguns milímetros do seu e seus olhos vão fechando-se involuntariamente, enquanto você tem essa vaga impressão de estar flutuando.
Hálitos misturados, olhos fechados.
Lábios colados.
Enquanto os lábios dele se perdem nos seus, você não consegue formular nenhum pensamento coerente, mas você não se importa, porque ele tem essa maneira doce e ao mesmo tempo arrebatadora de te beijar e porque a boca dele tem esse gosto de chiclete de canela. Então você para de pensar, para de ficar pensando em pensar e apenas sente...até ficar com falta de ar.