domingo, 25 de setembro de 2011

Sobre medo e unhas roídas



E na hora certa nunca sei o que dizer. Queimei minha língua bebendo café, sujei meus dedos com a tinta da caneta. Eu fico apavorada, com a respiração entrecortada, e sorrio feito uma boba, mostrando os dentes. 
Fico sem graça, com o rosto quente, querendo esconder as mãos trêmulas nos bolsos da calça. Mãos cheias de dedos. Dedos cheios de unhas roídas. Antes de tudo isso eu me orgulhava das minhas unhas longas, sabia?
E na hora certa nunca sei o que devo dizer. O que você quer que eu diga? Escreva um script, desenhe um mapa. Me faça entender, pois insisto: estou perdida.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Carta 10

 Someone you don’t talk to as much as you’d like to 
[Alguém com quem não fala tanto quanto gostaria]

Hallo Schatzi, 

(...)
Mas quando enfim, decidi ser corajosa…"Pode vir saudade, você não vai me machucar mais do já o fez outras vezes." A dor que eu tanto temia não veio, como se no último segundo tivesse mudado de ideia, preferindo ficar quietinha no seu canto, seja la onde for esse canto.
Mas não faça essa cara afetada, relaxe o cenho, (ou ficara com a testa cheia de rugas) pois quando penso em você sinto saudades sim, porém não é uma falta que aperta e sufoca. É um num-sei-o-que meio conformado, sabe? Como quando alguém possui uma mania irritante, mas que após um certo tempo de convivio você se acostuma, afinal todos nós temos defeitos que tendem a irritar os outros. “Ninguém é perfeito.” Então você acaba se conformando com aquilo.
Sabe, Jason, eu aproveitei os momentos que compartilhamos, mesmo que tenham sido somente por e-mais, longas conversas no msn e alguns raros telefonemas. Você foi, e é, um amor de pessoa. Apenas lamento o fato de não conversarmos como o faziamos há dois anos. Creio que seja por causa que nossas vidas mudaram muito nesse período, principalmente a sua. E espero, sinceramente, que você se acostume e seja feliz em sua nova cidade, em seu novo emprego…em sua nova vida. Estou torcendo por você, de dedos cruzados e tudo mais, pois te quero bem, mais do que você imagina.
P.S. Continue, mesmo que de vez em nunca, mandando e-mais a fim de me contar novidades, historias divertidas, ideias, projetos etc. Ah, e fotos também são muito bem vindas, aliás, adorei seu novo piercing. Fico tão feliz quando recebo noticias suas, então não suma por muito tempo, combinado?
P.P.S. E vê se para de fumar, idiota!

domingo, 17 de julho de 2011

Up. Growing up.


    People change. Feelings change. It doesn’t mean that the love once shared wasn’t true and real. It simply just means that sometimes when people grow, they grow apart.   
(500 days of summer) 

- Oi. 
Vai embora. 
- Oi.
Um sorriso amarelo.
- Eu soube sobre seu avô. Sinto muito. 
Não sente caralho nenhum. 
- Como?
- País pequeno. Você sabe, todo mundo conhece todo mundo.
Silêncio. Limpar garganta. Lamber lábios.
- Você me odeia, não é? 
Sim. Mil vezes sim.
Não...
- Um pouco.
Dar de ombros.
- Posso te abraçar? 
Sim. Mil vezes sim.
Me envolva em seus braços, me acalente, diga que sou seu bebê. Diga que tudo ficara bem, que milagres existem. Finja que ano passado não aconteceu. Me beije. Me ame. Me ame. Por favor, me ame. Eu preciso desesperadamente que alguém me ame.
Eu vou cair, então me abraçe forte e não permita que eu atinja o chão. Não me deixe ir embora. Não vá embora. 
- Não.
- Por quê? 
Eu vou cair, vou ralar os joelhos, os cotovelos e as mãos. Vou ficar de coração partido e chorar. Eu choro demais. Mas mesmo assim levantarei, sem sua ajuda e sem a de ninguém. Eu aprendi a me virar sozinha. Aprendi a dizer “não” “agora já chega” “vai se fuder”. Enfim. 
- Eu cresci.


domingo, 17 de abril de 2011

Follow the white rabbit



Eu tenho dezenove anos, estou no escuro, andando descalço no chão frio, caminhando pela primeira vez numa rua desconhecida. Não sei pra onde estou indo, só sei que vou embora, em busca de não sei exatamente o que. Estou seguindo um coelho branco chamado Recomeço.
Eu tenho dezoito anos, passei no vestibular, tive medo, fui feliz, ri mais do que chorei e talvez, esse tenha sido o melhor ano da minha vida. Eu tenho dezessete anos e nunca me senti tão perdida e sozinha. Tenho dezesseis e não consigo esquecer, mesmo fingindo o contrário, mesmo mentindo o tempo inteiro. Tenho quinze anos e você acabou de partir meu coração. Tenho quatorze e estou, girando um girassol entre minhas mãos. Gira Gira Girassol. Eu tenho doze anos e vi meu pai chorar pela primeira vez. Naquele ano o Recomeço veio atrás de mim e a mudança aconteceu contra minha vontade. Eu tenho dezenove anos e estou vendo na Tv aquelas pessoas perdidas, finalmente se achando. A mulher sentada no avião diz: You can let go now. Mas seguir em frente não é tão fácil assim quando você não sabe mais andar sozinha e tem medo do escuro.
Hoje estou caminhando no escuro sozinha, com passos incertos, nessa rua desconhecida. Estou seguindo um coelho branco chamado Recomeço.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Currently reading


Vim aqui indicar duas historias que estou lendo nesses últimos dias:

1. Our Backstreet Love, escrita pela Monique do blog Secrets of a Little Girl é a historia de Sally McQueen e Richard Pilgrim que por causa de um certo "incidente" (não jogue pedras nas pessoas, isso não é legal e pode te levar pra detenção -q) vão ter que passar todas as sextas-feiras, depois das aulas, fazendo trabalho nãotão voluntário. A historia é divertida, já dei várias risadas por causa das brigas dos dois e por causa do mongol (intima) do Greg. Leiam!

2. Ripples, é uma fanfiction de Naruto, então se você não conhece fica difícil de entender a historia. Tudo começa depois de uma missão mal-sucedida, Sakura se torna escrava em Oto, uma posição que pode muito bem alterar seu futuro... principalmente em relação a um certo nukenin. É claro que essa historia é com meu OTP, meu ship preferido, o melhor casal: Sakura e Sasuke. Ripples é super original e diferente da maioria das sakusasu que eu leio, essa tem muita ação. (e eu a Raiane estamos viciadas) Leiam!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

Na Suíça, ano passado durante as férias de julho.

Quem acompanha o blog ou me conhece sabe que apesar de ter mãe brasileira e de morar há seis anos no Brasil, sou mesmo é apaixonada pela Suíça, país onde passei toda minha infância. Quando em 2004 entrei no avião que me levaria para o outro lado do mundo, passando mal de tanto chorar, prometi a mim mesma que um dia eu voltaria pra Suíça, para minha casa. E mesmo depois de tanto tempo continuo querendo voltar, mas isso não quer dizer que seja fácil ir embora.
No dia vinte e dois do mês que vem vou pra lá, passar umas férias prolongadas de três meses, presente de aniversário e por ter passado no vestibular. Mas durante esse tempo que vou ficar lá é que vou decidir se são férias e volto pro Brasil ou se é uma mudança e fico lá.  E essa vai ser a escolha mais difícil que terei que enfrentar nesses 19 anos de vida. Digo, por mais que eu ame a Suíça e sinta muitas saudades da minha família, não sei se consigo viver sem minha mãe e meus irmãos, sem os amigos que fiz aqui. Não sei se consigo trancar a faculdade depois de tanto esforço para entrar nela. Estou, sinceramente, fazendo de tudo pra não pensar muito sobre isso e deixar pra depois, mas sei que a hora vai chegar e vou ter que decidir.
Além disso, depois de passar séculos enrolando, finalmente reformei o blog e apesar do visual bem clean, adorei, e vocês? No começo, eu só postava textos meus aqui no Fuja de Casa, mas com o tempo fui começando a blogar sobre outras coisas e esse é o único jeito de não ficar séculos sem atualizar, portanto se preparem para mais post’s com dicas de filmes, livros, músicas, fanfics, blogs etc!
Deixem um comentário pra me animar, kay? E até logo :D

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Carta 13

 Someone you wish could forgive you 
[Alguém que gostaria que te perdoasse]


Sweetheart, você tem raiva de mim, não é mesmo? Se não for raiva, é magoa, o que na verdade é bem pior. Eu preferiria que me odiasse com gritos e xingamentos do que me encarasse, em absoluto silêncio, com esses seus obres magoados. 
Eu ainda gosto de você, e apesar de tudo, apesar dos meus "I don't give a fuck" eu realmente me importo com seu bem estar. Quero te observar de longe e te ver sorrindo, mesmo que seja com outra pessoa; quero ver-te feliz. Minha fase egoísta e infantil passou, então saiba que não estou falando essas coisas da boca pra fora. Quero que você seja muito feliz. E se possível, perdoe-me pelas asneiras que fiz e disse, acredite, se eu pudesse, eu voltaria no tempo e mudaria tudo, mas como não posso, apenas peço seu perdão. Desculpa. Desculpa. Mil vezes desculpa.
P.s.: Sinto saudade de conversar com você.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A vida secreta de uma shipper


Baseados na palavra relationship, surgiram os termos:
  • Ship: um determinado casal (ex: Dramione é meu ship predileto de Harry Potter)
  • Shipper: pessoa que torce por um casal (ex: sou shipper do Han Solo & da Princesa Leia)
  • Shippar: a pratica de torcer por um casal (ex: eu shippo Ross & Rachel)
Oi, meu nome é Aline Romy, me chamem de Romy, ok? E tudo começou em 2007, quando pela primeira vez eu me deparei com uma fanfic de Harry Potter. O casal, ou ship, da fic era o Draco e a Hermione conhecido como Dramione. Naquela época essa coisa de ship era nova pra mim e nunca tinha passado pela minha cabeça a possibilidade de um romance entre a Granger e o Malfoy, mas depois de ler aquela fanfic: BOOOOM! Meu mundo virou de cabeça pra baixo e eu nunca mais seria a mesma. A partir daquele dia virei uma Shipper obcecada por Dramione, mas eu não estaria aqui se  meu vício se limitasse ao fandom de Harry Potter.
No mesmo ano comecei a acompanhar Naruto, um anime japonês, e passei a Shippar a Sakura e o Sasuke ou SasuSaku. Com Lost foi a Kate e o Jake e o Charlie e a Claire. Com Gossip Girl foi a Blair e o Chuck ou Bluck. Zuko e Katara ou Zutara de Avatar. Quinn e Puck de Glee. Damon e Elena de The Vampire Diaries. Chuck e Ned de Pushing Daisies. Peter e Olivia de Fringe. Dexter e Lumen de Dexter. Cassie e Sid de Skins. E a lista continua, só listei aqui os que consegui lembrar sem muito esforço.
Resumindo tudo: eu sou uma viciada, não tentarei negar, não posso assistir um filme, seriado ou anime sem shippar, é mais forte do que eu. Pronto falei. Sou uma pessoa dependente, eu sei, é triste.
Bluck, meu ship preferido depois de SasuSaku e Dramione.
Obrigada pela sua atenção, e me desculpe por esse post estilo Alcoólicos anónimos, mas eu comecei a assistir Fringe, tou shippando o Peter e a Olivia, e precisava urgentemente desabafar minha frustração. Mas e você leitor: É um shipper? Tem algum ship favorito? Costuma shippar casais? Conte-me tudo e não esconda-me nada! 

Xoxo

sábado, 8 de janeiro de 2011

Everyone wants to be found

Ontem assisti Lost in Translation, um filme dirigido e escrito por Sofia Coppola, com Scarlett Johansson e Bill Murray nos papeis de Bob Harris e Charlotte. A História se desenrola na movimentada, barulhenta e colorida cidade de Tóquio, onde Bob está para gravar um comercial de uísque, enquanto Charlie está acompanhando o marido fotógrafo que a deixa sozinha quase o tempo inteiro. Bob e Charlotte se conhecem no bar do hotel onde estão hospedados e acabam se tornando amigos. (Veja o Trailer)

Lost in Translation entrou na minha lista de filmes preferidos por ser tão simples e profundo ao mesmo tempo, pela sinceridade e ternura que ele emana, pela ótima atuação, pela trilha sonora, por Tóquio, pelos toques sútis de humor, amor e amizade... por tudo. Me identifiquei muito com a Charlie, com sua personalidade, suas dúvidas, seus sentimentos, principalmente com sua insonia e solidão. Aquela coisa de estar numa cidade enorme, rodeada por milhares de pessoas, mas continuar se sentindo sozinha.

Xoxo

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Over the years

Mais um ano; um monte de sonhos novos. Então nesse ano de 2011 eu quero:
Ir pra praia, moro numa cidade litorânea e em 2010 não fui nenhuma vez pra praia, não que eu goste muito, mas sinto saudades de ver o mar.


Ano passado, deixei de fazer várias coisas que eu gostava para poder me dedicar mais aos estudos, afinal era ano de vestibular. Então quero voltar a acompanhar Naruto e assistir todos os animes e doramas que fiquei de conferir quando tivesse tempo.

Também quero terminar de escrever Os deuses da cama, e finalizar os trezentos contos que ainda não conclui. Talvez começar um projeto original.

Quero viajar pra Suíça de novo, mas dessa vez, ter mais tempo pra passar com minha família e meus amigos.


Quero pintar o cabelo de vermelho.


E esses são só alguns dos objetivos que tenho para 2011. Mas sabe como é, todo começo de ano é a mesma coisa, fazemos mil e um planos, planejamos mudanças, traçamos objetivos, criamos as famosas “to do” list, porém ao final do ano raramente lembramos do que queriamos no início deste.
Por isso quero indicar esse site de listas super legal chamado Listography. Nele você pode criar listas pra tudo como livros que você quer ler, filmes que quer assistir, coisas que quer fazer etc. Além de ser super fácil de usar, o Listography tem um visual lindo e é bem prático pra quem não gosta de fazer lista em papel porque sempre perde (tipo eu -q) Se quiser dar uma olhada, esse é o meu. Espero que tenha gostado da dica e até a próxima :D

xoxo