domingo, 29 de novembro de 2009

Quando você sonha com o coração partido


A chuva batia contra as janelas do táxi, produzindo um ruído que sempre agradou os seus ouvidos. Com a testa encostada no vidro frio olhava as gotículas escorrendo por este lentamente.
Pensamentos quaisquer passeavam por sua mente, lembrou-se de uma conta que deveria pagar no dia seguinte e a imagem vaga de um par de olhos fê-la sorrir tristemente.
Por um instante, apenas alguns minutos, deixou-se levar para longe dali, esqueçeu suas preocupações e obrigações e permitiu-se sonhar acordada.
No seu sonho era uma manhã do verão do ano passado, o céu estava de um azul claro quase transparente e o sol batia contra seu rosto, porém não era ele o responsável por deixá-la aquecida, e sim um abraço acolhedor.
Entretanto... aos poucos as cores foram se desvanecendo juntamente com as lembranças. O inverno chegou, trazendo consigo inevitavelmente o frio. Enquanto seus sonhos eram mais coloridos que um arco-íris, sua vida teimava em permancer naquele mesmo tom de cinza, frio e sem graça.
No rádio tocava uma música do John Mayer, da qual ela se recordava da melodia, mas desconhecia a letra. E os pingos de chuva escorriam pelos vidros enquanto ela desejava não precisar acordar.

sábado, 28 de novembro de 2009

Esconderijo


Procuro a solidão
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
Pensamento sem razão
Procuro esconderijo
Encontro um novo abrigo
Como a arte do seu jeito
E tudo faz sentido
Calma pra contar nos dedos
Beijo pra ficar aqui
Teto para desabar
Você para construir

Esconderijo - Ana Cañas

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Subentendido


Tanta coisa deveria ser dita. Milhares de palavras guardadas. Quantas lágrimas derramadas, quanta saudade sentida, quantas lembranças revividas?
Eles se encaravam intensamente, algumas frases passavam soltas por suas mentes e tentavam escapar por entre seus lábios, porém ficavam presas em suas gargantas.
Ela, que sempre fora extremamente tagarela ao ponto de ser irritante, não sabia o que dizer e muito menos ele, que sempre fora meio anti-social.
Continuavam a se olhar.
Ela encarava os obres negros que de vez em quando pendiam para um tom mais claro, quase cinza, como naquele momento. E ele adimirava o tom avermelhado que as bochechas da garota haviam adiquirido.
Eles se olhavam sem pronunciar uma palavra siquer, se olhavam e tentavam enxergar um no outro a criança que conheceram com apenas sete anos de idade.
Haviam mudado. Ela cortara o cabelo que antes descia-lhe até a cintura e ele possuia o queixo mais largo assim como as costas, o que o deixava com um ar mais maduro. Entretanto a garota continuava sendo mais baixa que o moreno e ele continuava com aquele sorriso sarcástico característico.
-Então... oi.- ele murmurou sorrindo torto.

A garota sentiu os olhos arderem e ao retribuir o sorriso as lágrimas de emoção rolaram por seu rosto. Ela não conseguiu conter por mais tempo o sentimento de alegria que ia se expandindo por seu peito, fazendo suas pernas tremerem e então sentindo que caso não fizesse isso logo desabaria, correu, acabando com a pequena distância que os separava e pulou nos braços que ele abrira para recebê-la. 
Ela envolveu o pescoço dele com os braços e ele apertou-a contra si com força para se certificar de que aquele abraço era mesmo real e não mais um sonho. Pois ele sonhara tanto com esse reencontro que mal conseguia crer que estava de fato acontecendo. Porém a realidade era tão melhor que os seus devaneios, tão mais feliz e calorosa.
Ele girava-a no ar e ela chorava de alegria molhando a camisa social branca que o amigo vestia. Ela queria poder dizer o quanto sentira a falta dele, o quanto o amava profundamente, mas as coisas entre eles sempre foram bastante subentendidas e mesmo depois de tantos anos aquilo não parecia ter mudado. Ela o amava e sabia que era recíproco sem que ele precisasse dizer nada, estava escrito nas entre linhas.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dor de cabeça


Semana de prova. Dor de cabeça. Sono. Dor nas costas. Estresse. Olhos ardendo. 
Começou a minha semana de provas finais e a minha animação é igual a zero assim como a inspiração para escrever textos ou fanfics. Nem sinto vontade de ficar no pc, nem de tocar piano, nem de ler e nem de estudar. Não sinto vontade pra nada, na verdade.
Ultimamente a dor nos olhos tem aumentando o que pode explicar as constantes dores de cabeça e o sono também. Sei lá, eu durmo, durmo, durmo, e quando acordo continuo exausta e a vontade de dormir simplesmente não quer passar. 
Tento me animar pensando que meu pai e meus avos chegam em dois dias, mas não adianta muita coisa.
Estou cansada e minha semana de prova mal começou, não quero nem imaginar como vou estar próxima semana.
Eu estou mal-humorada e estou farta também de fingir sorrisos despreocupados.
Dor de cabeça, sono, saudades e mau-humor.
Talvez semana que vem as coisas melhorem, talvez semana que vem eu poste algo decente aqui. Até lá fica por isso mesmo, mil desculpas.

Mancha negra

O amor não me engana com sua bravura.
Se na antiga chama a noite vazia,
uma mancha negra,
uma pedra fria,
o amor não se entrega na noite vazia.



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Things I hate


Eu odeio batom borrado, odeio calor, odeio quando é sarcástico, odeio sarcasmo, odeio noites de insônia, odeio uvas passas e odeio fanta uva. Odeio sentir tédio, odeio esperar, odeio fila de cinema, odeio filme chato e odeio quando o final não era o que eu desejava. Odeio sucrilhos com leite, odeio matemática, odeio dia de domingo, odeio provas, odeio os clichês-mais-que-clichê, odeio seu sorriso cínico, odeio os seus amigos, odeio gente fútil, odeio gritos, odeio brigar com você, odeio brigas, odeio olheiras, odeio tirar a maquiagem, odeio quando sai o esmalte, odeio chorar, odeio ficar doente, odeio estar com o corpo todo quente e as pontas dos dedos geladas, odeio me sentir sozinha, odeio atender o telefone, odeio celular descarregado, odeio claridade no quarto quando estou dormindo, odeio acordar cedo, odeio estar com sono, odeio quando esqueço o que eu ia dizer, odeio que falem o meu sobrenome errado, odeio lapiseira sem grafite, odeio estar distraída, odeio passar o dia pensando em você, odeio falsidade, odeio quem não cumpre promessas, odeio que me acordem, odeio falta de tempo, odeio quando a hora não passa e odeio mais quando passa rápido demais. Odeio dizer adeus, odeio distâncias, e a saudade a odeio mais ainda, odeio cacos de vidro, odeio cheiro de cigarro, odeio sentir o seu cheiro em outra pessoa, odeio chorar, odeio soluços, odeio quando me faz chorar, odeio mentiras, odeio férias em casa, odeio que entrem no meu quarto, odeio que arrumem minha bagunça, odeio gente que tenta ser engraçada, odeio computador lento, odeio bater o dedo no armário, odeio livro com final triste, odeio protagonistas retardadas, odeio quando não me responde, odeio suco de mânga, odeio final de anime, odeio errar, odeio que errem comigo, odeio quando você me magoa, odeio sempre te perdoar e você eu odeio, bom, talvez você eu não odeie tanto assim.

baseado no texto da Nicole e inspirado em Amelie Poulain.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Here in your arms



(...) Brooke observava a loja loga à frente deles. Apesar do frio, a Singer, teve vontade de tomar um daqueles sorvetes de chocolate e menta, seu favorito, mas o lugar estava fechado, assim como tudo em volta.
- Queria sorvete de chocolate com menta. - Dean falou como se tivesse acabado de ler os pensamentos da morena.
- Ou Skittles. - falaram ao mesmo tempo.
Os dois riram e Brooke percebeu que os olhos de Dean tinham um brilho estranho e ela não conseguia traduzir o que ele estava sentindo. Parecia simplesmente confuso, sem bem que todo bebâdo parecia confuso.
Talvez fosse o frio. Talvez fosse a lua cheia. Talvez fosse o efeito retardado do whisky. Mas por um segundo, Dean teve o estranho pensamento de que Brooke era a mulher certa e a ideia de ficar com ela, assim, para sempre passou por sua cabeça.
Não era só pela vontade mútua de tomar sorvete e comer porcarias no meio da noite. Pensar assim seria infantil. Era pela forma que se sentia quando estava com ela, como se sentia agora. Era por estar sempre se preocupando com a saúde e com o bem estar dela; era por quase enloquecer de preocupação quando ela sumia; era por ficar furioso quando alguém a feria; era por ele amar cada minuto que os dois passavam juntos.
Mas Dean era um cético e para ele amor, alma-gêmea e essas coisas todas eram apenas contos de fadas, filmes e ficção. A paixão acaba. O amor se desgasta e casais continuam juntos apenas por terem se acomodado com a rotina do dia-a-dia.
No entanto, naquela hora, Dean deixou toda sua descrença de lado e chegou a conclusão de que havia muito mais do que seu ceticismo acontecendo entre eles.

Fanfic de sobrenatural *----* Eu sei, eu sei, eu realmente não tenho o que inventar >_> P.s.: O Dean é meu <3

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Everything changes


Ainda que pareça que nossas vidas nunca mudem, elas mudam sim, lentamente e às vezes de uma forma tão sútil que nem nós damos conta disso. Do mesmo jeito que nunca percebemos a mudança das estações, como se de um dia para o outro o inverno virasse primavera. Só notamos de fato que a primavera chegou quando vemos as flores já floridas no jardim.
O mesmo acontece com nossos corações. Às vezes demoramos para perceber que um simples sentimento de amizade se tornou algo muito mais complexo, profundo e intenso como o amor. É o tipo de coisa que você demora para enxergar. Como se você olhasse para as flores, porém nãs as visse realmente.
Apenas pare um pouco e dê uma chance para que seus olhos enxerguem de verdade, para que vejam que as flores estão lá.
O inverno acabou. A primavera chegou. As rosas floresceram no jardim.
Um dia tudo vai mudar, não importa se estiver falando sobre estações, flores ou sentimentos.
A vida sempre foi e sempre vai ser sobre algo assim. Algo sobre flores e sentimentos. Algo sobre mudanças, porque no final das contas...as coisas mudam.

Escrito no dia 27/08/08 tá cheio de erros, mas não alterei nada, queria que ficasse exatamente do jeito que escrevi. Saudade desse tempo.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Formula for Love


Formula for love - Fall out Boy (tradução)

A fórmula do amor foi encontrada para ser uma farsa e eu espero que você não tente me dizer Que meu amor por você foi errado
E não tente me dizer que sempre soube disso
Você nunca amou, não sabe como
E eu me sinto mal por você agora
Eu tento não me perguntar qual coração você vai partir desta vez
Mas pode apostar: não vai ser o meu.

domingo, 8 de novembro de 2009

Inevitável



Amar. Todos nós amamos de alguma maneira. Seja um amor entre amigos, um amor de mãe, um amor platonico, um amor correspondido, um amor pelo seu bichinho de estimação, ou até mesmo por aquele personagem daquele seriado que você é viciado.
Existem pessoas que por algum motivo se fecharam para o amor, que no passado, quem sabe, foram machucadas e agora estão superando a dor, reparando os danos causados, dando a famosa volta por cima. Há também pessoas que amam intensamente, que se apaixonam facilmente, naturalmente como respirar. Acho que sou uma mistura dessas duas pessoas, sou um alguém que se apaixona por um sorriso, mas que tem receio de se jogar de corpo inteiro por medo de se machucar depois.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Time

O tempo é uma coisa engraçada, não acha? Ele traz consigo a mudança. Mudança de hábitos, de pensamentos, opiniões, relacionamentos.
Melhores amigos se afastaram, tornaram-se irrelevantes. Pessoas que nunca imaginei me deram as costas quando eu mais precisava e outras que eu mal conhecia me ajudaram. Parentes que pareciam super-heróis de tão fortes, sábios e invencíveis morreram.
Com o tempo, aprendi a não chorar por quem não merece e a dar mais valor a quem se importa comigo. Percebi que as coisas que aprendemos na escola não são as mais importantes e que "cair, errar, sofrer" fazem parte do pacote chamado vida.
E você, o que o tempo te ensinou?


I Like Gossip Girl


Só porque hoje me bateu uma puta saudade do meu Chuck lindo Bass e de Gossip Girl, preciso baixar a terceira temporada, só assisti até o quinto episódio.
Quem curte? E qual seu personagem favorito? No meu caso são: o Chuck (homem) A Serena (mulher) e C&B (Casal)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Completude


Não eram colegas, não eram amigos e muito menos namorados. Não havia juras de amor entre eles, nem compromissos, nem obrigações e nem promessas. Não havia exigências. Não existiam regras.
Pensavam de forma parecida embora fossem totalmente opostos. Concordavam em muitos assuntos mesmo que discordassem em muitos outros.
Não eram os extremos: nem se amavam e nem se odiavam. Eles eram meio termo e nesso caso meio termo era completude. Não tinham certeza da existência dessa palavra, completude, porém sabiam que se completavam.
Não eram colegas, não eram amigos e muito menos namorados. Eles apenas se completavam de uma maneira estranha, porém sincera.
Possuiam o mesmo sobrenome e nasceram do mesmo pai e da mesma mãe, entretanto o sentimento mutuo que existia entre eles era muito mais que fraterno. Era mais forte, mais incondicional, mais pleno.
Conseguiam entender o que o outro estava sentindo ou pensando com apenas um olhar. Palavras eram dispensáveis, desnecessárias. Se comunicavam na maior parte do tempo com meios sorrisos, olhares e silêncios. Os silêncios entre eles significavam mais que palavras, eram mais esclarecedores que milhares delas.
Não era amor. Não era ódio. Era completude. Um sentimento simples do qual Bruno e Jenifer não sabiam da existência, mas o sentiam quando juntos.


Leleu te amo, mano <3