segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Direito ao Palavrão


Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.
É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a “vulgarização” do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito,sua índole.
 
“Pra caralho”, por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que “Pra caralho”? “Pra caralho” tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via- Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do “Pra caralho”, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso “Nem fodendo!”. O “Não, não e
não!” e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade “Não, absolutamente não! “o substituem. O “Nem fodendo” é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo “Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!”. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
 
Por sua vez, o “porra nenhuma!” atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um “é PhD porra nenhuma!”, ou “ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!”. O “porra nenhuma”, como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos “aspone”, “chepone”, “repone” e, mais recentemente, o “prepone” – presidente de porra nenhuma. Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um “Puta-que-pariu!”, ou seu correlato “Puta-que-o- pariu!”, falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba… Diante de uma notícia irritante qualquer um “puta-que-o-pariu!” dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
 
E o que dizer de nosso famoso “vai tomar no cú!”? E sua maravilhosa e reforçadora derivação “vai tomar no olho do seu cú!”.Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando,passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: “Chega! Vai tomar no olho do seu cú!”. Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face,olhar firme,cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: “Fodeu!”. E sua derivação mais avassaladora ainda: “Fodeu de vez!”. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? “Fodeu de vez!”.
 
Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de “foda-se!” que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do “foda-se!”? O “foda-se!” aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. “Não quer sair comigo? Então foda-se!”. “Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!”. O direito ao “foda-se!” deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!. Grosseiro, mas profundo…
Pois se a lingua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. “Nem fodendo…”
Esse texto genial é do Millôr Fernandes e fazia séculos que eu queria postá-lo, mas eu sempre esquecia, sendo que achei ele hoje enquanto mexia nas minhas pastas de fics. Well, sei que faz tempo que não posto um texto meu ou fanfic, mas com o enem chegando eu tou surtando e não consigo escrever nada que preste. Sorry :/ Depois do enem eu tento, prometo :)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Aniversário duplo


Há exatamente um ano atrás, com esse post aqui, eu inaugurava o Fuja de casa na época chamado de Blowing Bubbles, pensei em fazer um post enorme em homenagem a essa data, porém hoje o dia foi bem cansativo e estou sem muita criatividade. Apenas quero dizer que esse blog foi uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida, de verdade mesmo, ele me ajudou a fugir de casa, quando eu me sentia triste, desanimada, com raiva ou chateada. Foi aqui que desabafei as dores de um coração partido por um adeus, aqui que falei sobre Harry Potter,  anime e sobre supernatural, aqui que postei textos cheios de palavras doces e às vezes amargas, foi aqui que postei contos bobos, foi aqui que desabafei sobre a saudade...foi aqui que fiz amigos que não me conhecem, mas que de alguma forma se identificam comigo e vice-versa. Aiai, mal consigo acreditar que já faz um ano, como o tempo passa rápido, não é? 
E falando em tempo que passa rápido hoje faz seis anos que moro no Brasil, e isso me deixa feliz-triste, não sei se da pra entender. Por um lado, fico grata por ter conhecido tantas pessoas maravilhosas aqui, por ter feito grandes amizades, mas por outro fico triste porque sinto muita saudade da minha família, saudades da minha casa, pois por mais que eu ame o Brasil e tenha nascido aqui, eu morei na Suíça desde 3 semanas de idade até os meus doze anos e sempre vou considerar o país do chocolate minha casa. Tenho o passaporte brasileiro e o suíço, torço pras duas seleções (mesmo a Suíça sendo uma bosta no futebol), porém no fundo, a Suíça sempre vai ser a menina dos meus olhos, a minha preferidinha, meu lar, a minha pátria.
Bom, é só isso mesmo e pra finalizar o post vou postar aqui a montagem fofa que o meu mano do Marcador de Páginas fez pra mim:

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Korean Fashion

Girls Generation, banda de garotas da Coréia do Sul.

Conheci as garotas da banda Girls Generation no final do ano passado, quando uma amiga minha me mostrou o clipe delas chamado Gee e foi amor à primeira vista *-* Mas não é sobre elas que vou falar nesse post, e sim sobre a moda coreana. Comecei a me interessar pelo assunto por causa da banda e por causa das imagens no tumblr, lookbook e outros.
Aqui vão as características que mais me agradam nos looks das coreanas:

 Os gorros

  Os cabelos 
 (Em especial por causa do tamanho, das franjas e dos coques)

Os looks Soltinhos 
(Short ou calça com blusa folgada + acessórios como colares e pulseiras.)


Os looks Românticos
(Vestidos ou saias de cores suaves + cardigãs e acessórios)
É isso aí, espero que tenham gostado do post e não esqueçam de deixar a opinião de vocês. Beijones ;*
Aline precisa de roupas novas urgentemente!!!!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Orgulho e preconceito e zumbis



"É uma verdade universalmente aceita que um zumbi, uma vez de posse de um cérebro, necessita de mais cérebros."

Como eu comentei nesse post, quando viajei nas férias tive oito horas de espera no aeroporto de Lisboa e minha única companhia era um livro que eu havia ganhado do meu melhor amigo alguns dias antes, meu passaporte, minha passagem e skittles.
Orgulho e preconceito é provavelmente o romance mais conhecido da autora inglesa Jane Austen da qual me tornei uma grande fã. Conheci essa obra através do filme de mesmo nome, estrelado pela Keira Knightley e me apaixonei pela historia, pelos personagens, pelo cenário de uma Inglaterra no início do século XIX, por tudo. Depois de assistir ao filme prometi que iria comprar o livro, contudo eu fui adiando essa compra e enquanto isso vi outros filmes baseados nos livros da Jane ou sobre sua vida como "Becoming Jane". Além disso também assisti o seriado “Lost in Austen” que até parece uma fanfic de Orgulho e preconceito, mas falo sobre esse seriado em outro post.
Passei a querer ler ou assistir tudo que fosse relacionado a Jane Austen e foi ai que surgiu o Orgulho e Preconceito e Zumbis. No dia que o vi na livraria quase tive um treco e ele imediatamente se tornou prioridade na minha lista de MUST HAVE só que por falta de dinheiro não comprei-lo. Porém pra minha grande supresa ganhei-o de presente poucos dias antes da minha viagem, obrigada mais uma vez, Kaleu :)
Orgulho e Preconceito e Zumbis é uma releitura trash do original da Jane Austen, escrito pelo Seth Grahame-Smith, ela contém cerca de 85% da historia original e resto da obra é composta pela praga de zumbis ou não mencionáveis que se abateram sobre o Sul da Inglaterra. Para alguns essa releitura pode parecer infantil, mas mesmo que eu já ache a obra original interessante, a adição dos mortos-vivos na historia tornou-la mais divertida de ser lida. Resumindo: Amei o livro e recomendo muito, mas não escreverei uma resenha completa sobre ele porque já existem várias na net como essa daqui que achei ótima. 

E pra finalizar o post: Alguém ai também curte a Jane Austen? 

Edit: Tive que apagar o post e repostá-lo, porque o antigo tava dando erro no layout do blog, sorry por ter apagado os comentários de vocês.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Summer Mixtape

As estações do ano sempre foi algo que me deixou confusa desde que vim morar no Brasil, já que na Suíça elas são bem definidas e aqui, pelo menos em Fortaleza, não. Passei as férias do meio do ano na Suíça e lá era verão, que sempre foi minha estação preferida empatada com o outono, depois deles a primavera e o inverno por último. Eu gosto muito do verão de lá porque os dias são mais longos; o sol se põe as dez da noite, ao contrário do inverno quando o sol some as cinco da tarde. E como as férias longas (cinco semanas) lá são no verão, os melhores momentos do ano eram durante aquele periodo de junho até setembro, e por isso tenho mais recordações boas dessa estação do que qualquer outra.
Mas não estou aqui só pra falar das estações do ano, vim aqui postar uma mixtape que fiz, com algumas músicas que marcaram as minhas férias de verão. Faz tempo que eu tava planejando esse post, porém sempre ia adiando, e ontem a noite eu tava ouvindo música no shuffle do itunes e começou a tocar uma dessas canções que marcou minhas férias. Então, deixei a preguiça de lado e fiz uma mixtape pra vocês.

São 14 faixas e se você quiser baixá-las é só clicar :) Mas, estou curiosa, me contem quais músicas fizeram parte da trilha sonora das férias de vocês!!

Aline quer que as férias de fim de ano cheguem logo.