quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Fugindo de casa


Fugindo de casa. Um nome um tanto peculiar para um blog, um tanto dramático, um tanto revoltado, um pouco estranho... ou, talvez, apenas diferente, mal-compreendido.
Passei o dia com um sorriso bobo no rosto, aquele sorriso de quem está tendo um sonho bom ou de quem acaba de descobrir o amor. Então procurei meus cadernos antigos, tirei velhos textos da gaveta, olhei fotos que eu não via há anos e reli histórias que eu nem me lembrava de ter escrito.
Sem que eu percebesse, as horas passaram e eu me perdi bem longe. Fugi de casa sem sequer precisar me levantar do chão frio.
Fechei os olhos e senti o calor do sol contra meu rosto, o cheiro da grama recém-cortada, o vento soprando e batendo na minha pele assim como ondas quebrando em rochas. Tudo parecia perfeito, mas, na realidade, eram apenas lembranças.
Fugi de casa por alguns minutos. Fugi da coisa feita de concreto. Paredes e teto. Mesmo que o meu maior desejo fosse fugir para casa, para a coisa feita de sol, grama recém-cortada e vento, o lugar onde no verão o sol se põe às dez horas da noite, aquele em que passei minha infância, do qual sinto saudades.
Fugi de casa para ir para casa. Não foi perfeito. Mas chegou perto.
Ainda será perfeito, em algum tempo, quando eu estiver lá de verdade.

Um comentário:

  1. Sabe, quando vi o Blog, foi exatamente o que pensei ^^
    Sinceramente? Faço fugas diárias....

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